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Nove dicas para uma vida mais sustentável

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Nove dicas para uma vida mais sustentável

Para muitos, o termo “sustentabilidade” pode não passar de uma moda que esteja agora em voga, correto? Não devia! Muitas vezes parece complexo e difícil de colocar em prática no dia a dia, ou então existe a ideia de que é caro ser-se sustentável, quando na realidade é exatamente o oposto. Até se poupa!

Comece com pequenas mudanças de hábitos, para garantir que ganham raízes e passam a fazer parte do seu dia a dia. Aqui deixamos algumas ideias por onde poderá começar, incluindo a pirâmide da sustentabilidade (ou os famosos 5 R’s da sustentabilidade):

 

1. Faça uma auditoria à sua vida

Antes de começar a alterar hábitos, tente perceber onde é que poderá estar a desperdiçar recursos ou em que áreas da sua vida pode fazer trocas sustentáveis, por exemplo: ando de carro ou de transportes? Quanto gasto por mês a jantar fora/viajar/compra roupa? Onde gasto o meu dinheiro? O que está no meu caixote do lixo? Quão eficiente é a minha casa?

 

2. Recuse tudo aquilo de que não necessita

Quantas vezes aceitou brindes grátis em eventos, flyers que ofereciam na rua, ou levou consigo os amenities do Hotel? Precisava realmente dessas coisas na sua vida? Muitas vezes a resposta é não…

O mesmo acontece com talões/recibos/faturas (que são de papel térmico e não devem ser reciclados com o resto do papel – pode pedir só o registo eletrónico e a não impressão, se possível), guardanapos de papel (utilize lenços ou guardanapos de pano, em casa, no escritório ou nos restaurantes – vai deixar de deitar dinheiro para o lixo, literalmente) ou palhinhas (mesmo as de papel, que depois não podem ser recicladas! Além de que na maior parte das vezes até são desnecessárias).

Quando encomendar take away verifique se de facto precisa de talheres e guardanapos descartáveis, sobretudo se vai comer em casa.

 

3. Reduza tudo aquilo de que efetivamente necessita

Nem sempre é fácil recusar ou eliminar certas coisas da nossa vida, mas podemos sempre tentar reduzir a quantidade de vezes que as usamos (por exemplo: carro, optando por andar a pé ou de transportes públicos), ou que as adquirimos.

Pode reduzir a quantidade de vezes que compra alguns produtos, ou evitar a compra de produtos excessivamente embalados, se optar pelas versões mais sustentáveis, uma vez que, regra geral, estes são mais duradouros que os seus substitutos descartáveis (p.e., garrafas reutilizáveis, giletes reutilizáveis, esponjas vegetais de Luffa, ou produtos de higiene em versão sólida).

Procure ainda ter o cuidado de reduzir a quantidade consumida de energia (p.e., apague as luzes quando não está a usar a divisão em questão, não deixe eletrónicos em stand by, ou tente utilizar o forno para cozinhar mais que um prato em simultâneo) e água (p.e., feche a torneira enquanto ensaboa as mãos ou lava o corpo/cabelo, utilize um copo de água ao lavar os dentes, ou utilize a água de aquecer o banho, na cozinha, para encher o autoclismo ou para regar plantas).

 

4. Reutilize tudo o que pode

Antes de comprar algo novo pense no seguinte: precisa mesmo de o comprar? Não tem já algo que faça o mesmo “trabalho”?

Procure reutilizar ao máximo tudo o que tem, até não dar mais.

Sempre que possível dê uma segunda vida aos produtos antes de os descartar: doe, repare, dê-lhes uma nova função (peças de roupa podem ter muitas outras funções, por exemplo, faça uma pesquisa antes de deitar fora!).

Quando, finalmente, tiver de fazer uma compra, procure primeiro em segunda mão: há muitos produtos que estão em excelentes condições, e, assim, ajuda a salvaguardar os recursos naturais, salvando o ambiente e poupando dinheiro.

 

5. Recicle o que não conseguir recusar, reduzir e reutilizar

Quando já não for possível reutilizar mais um determinado produto, recicle-o: permita que se transforme noutros produtos em alternativa a terminar em aterro.

Sempre que tiver dúvidas sobre a reciclagem de algum item, recorra à aplicação WasteApp, da Quercus, e ao website da Sociedade do Ponto Verde. A WasteApp é ótima para quando não sabe onde deixar roupa, aparelhos eletrónicos, pneus e muitos outros produtos fora do que habitualmente colocamos na reciclagem. Além disso, por funcionar com geolocalização, esta app mostra-lhe o local de depósito do produto mais perto de si.

 

6. Composte o resto (do inglês “rot”)

Tudo o que não for recusado, reutilizado ou reciclado, poderá ser composto.

Verifique se a sua Câmara Municipal de residência tem algum programa de compostagem comunitária (em Lisboa existe em 5 freguesias), crie um compostor caseiro (utilizando métodos como a vermicompostagem ou a compostagem natural – algumas câmaras oferecem compostores para fazerem em casa este tipo de compostagem), ou, doe os seus resíduos orgânicos a quem faça compostagem, através da app ShareWaste (aqui pode encontrar pessoas perto de si que aceitem resíduos orgânicos para compostagem).

 

7. Planeie, planeie mais um pouco, e esteja pronto para qualquer eventualidade

Esta dica é muito óbvia, mas muitas vezes é esquecida. A melhor forma de evitarmos gerar desperdícios é estarmos preparados para o nosso dia a dia!

Planeie refeições para ser mais fácil combater eventuais desperdícios na cozinha. Para evitar desperdícios quando vai às compras, faça uma lista com todos os ingredientes e itens de que necessita, e aponte as quantidades exatas, para não comprar a mais e correr o risco de se estragarem. Tenha ainda um kit para as compras no carro ou próximo da saída de casa, composto por sacos reutilizáveis e recipientes (se for fazer compras a granel).

Ao planear a sua agenda do dia seguinte, pense em que áreas ou momentos do dia poderá vir a utilizar um produto descartável e prepare-se com antecedência: leve um copo ou garrafa reutilizável, uma palhinha reutilizável (se tiver, senão peça para a bebida vir sem, se for o caso), um guardanapo de pano, marmita ou snack caseiro (evite embalagens descartáveis ao máximo), entre outros. Pense nos desafios com se poderá deparar, e prepare-se para eles!

 

8. Alimentação mais sustentável: escolha o local, sazonal e de origem vegetal

Dê preferência a produtos locais, nacionais e sazonais, e a fontes de proteína vegetal, em detrimento do consumo de proteína animal.

Uma alimentação de base vegetal, para além de ser muito benéfica para a sua saúde, é também a mais vantajosa para a sua carteira e para o ambiente.

Utilize todas as partes dos seus alimentos, seja para caldos, molhos, chá, pinturas, produtos de limpeza, decoração, composto ou outra finalidade. Existem imensas receitas na internet: pesquise um pouco e surpreenda-se com o que pode fazer com tão pouco!

 

9. Poupe o ambiente e a carteira: salve comida destinada ao lixo (erradamente)

1/3 de toda a comida é desperdiçada, e todos podemos ajudar a mudar esse número!

Atualmente existem já diversas associações, aplicações móveis e empresas que promovem este combate ao desperdício alimentar, aqui deixamos algumas que devia conhecer:

  • A cooperativa Fruta Feia faz a “ligação do campo à cidade”, permitindo que os consumidores comprem a “um preço social” cabazes de fruta e hortícolas “feios” que de outra forma seriam descartados pelos produtores por não terem irem ao encontro das características impostas pelas cadeias de abastecimento normais.

  • A GoodAfter é um supermercado online de produtos ainda próprios para consumo, mas que foram retirados do mercado por estarem perto ou fora do prazo de consumo preferencial, por terem sido descontinuados pelas marcas, por serem sazonais, ou por terem uma embalagem com novo design, tudo com descontos que podem chegar aos 70%.

  • As aplicações Too Good To Go e Phenix permitem aos consumidores comprar, a preços reduzidos, os excedentes do dia aos comerciantes da sua zona, seja de restaurantes, pastelarias, frutarias ou outros.

  • A aplicação Olio ajuda a salvar aquela comida que tem em casa e não vai consumir antes que se estrague, ligando-o a pessoas que se encontrem próximas, e facilitando as trocas gratuitas destes excedentes alimentares, para que sejam partilhados e não deitados fora. Pode também ser usada para a troca de bens não alimentares e venda de produtos caseiros.

 

Caso tenha curiosidade e queira explorar mais sobre o tema, deixamos aqui alguns recursos úteis e, praticamente todos, gratuitos:

Marketing & Communication

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